O Telefone do Sr. Harrigan é a nova adaptação da Netflix de uma história de Stephen King, onde um dos pontos cruciais da narrativa é a relação tóxica que um adolescente tem com um telefone celular.
Em entrevista ao streaming, o autor e produtor executivo, King, decidiu falar sobre sua grande aversão à tecnologia, tema que já havia sido abordado em outras de suas histórias.
Atenção, spoilers do filme a seguir.
Em O Telefone do Sr. Harrigan, o jovem Craig (Jaeden Martell) acaba recebendo mensagens do além do senhor falecido com quem, durante anos, nutriu uma amizade após não conseguir parar de deixar mensagens de voz na caixa postal do falecido.
Perguntado em entrevista porque decidiu abordar o celular como um vilão na história e se acredita que essa tecnologia é boa ou ruim, King deu uma resposta que parece deixar claro que não é muito fã da inteligência dos smartphones e que, no geral, os acha assustadores.
Bem, o que eles (os celulares) são é uma muleta. Eu adoro quando no final ele (Craig) joga fora o telefone do Sr. Harrigan, e então ele vai jogar fora seu próprio iPhone, e você o vê começar a fazer aquele movimento – sua mão volta, mas ele não consegue continuar. E ele diz: “No final, estamos casados com nossos iPhones”, mas provavelmente é um casamento ruim. Quando você anda na rua e vê todo mundo curvado sobre seus telefones, isso é um pouco assustador.” disse o autor.
O Telefone do Sr. Harrigan é apenas um conto, mas antes dele, Stephen King já havia abordado o “vilanismo” que acredita ter nos celulares em um livro completo. Cell, de 2006, traz uma história onde o sinal de uma telefonia celular dá start em uma espécie de apocalipse ao transformar as pessoas em seres irracionais e violentos.
No novo filme da Netflix, o poder de “influência” do aparelho não chega a causar um cataclisma global, mas também pode ter resultado em algumas mortes misteriosas.
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