José Pedro de Freitas, ou Zé Arigó, tornou-se conhecido por sua trajetória como médium curador. Com a estreia do filme Predestinado na Netflix, sua vida em Congonhas, Minas Gerais, tem chamado atenção novamente, levantando discussões sobre suas práticas e os desafios legais que enfrentou.
Arigó alegava ser o intermediário do espírito do médico alemão Adolf Fritz e começou a realizar procedimentos de cura desde a infância. Sem cobrar, atraía multidões em busca de tratamento para doenças muitas vezes sem esperança na medicina convencional.
No entanto, Arigó esteve em conflito com a lei, acusado de charlatanismo e exercício ilegal da medicina. Apesar das acusações, que começaram em 1957 por um padre local e se intensificaram com ações da Associação Médica de Minas Gerais em 1961, ele manteve suas atividades. Condenado em 1964, Arigó cumpriu sete meses de prisão, recusando um perdão presidencial.
Aos 49 anos, um acidente de carro encerrou sua vida em 1971. No entanto, sua clínica em Congonhas continuou seu trabalho, atestando a força de sua fé e o impacto de suas ações. Seu talento alcançou fama internacional, levando pesquisadores, inclusive médicos americanos, a estudar suas capacidades.
Esses estudos nunca levaram a uma conclusão comprovada, mas as estatísticas impressionaram: cerca de 95% dos diagnósticos de Arigó eram precisos, e suas cirurgias se mostraram eficazes. Até hoje, seu trabalho desperta curiosidade e é objeto de investigação sobre os limites da ciência e o paranormal.
O filme Predestinado retrata a vida complexa de Zé Arigó, apresentando uma visão daquele que deixou uma marca na história do Brasil, cuja vida ainda provoca debates e estudos sobre fenômenos que desafiam explicações convencionais.
Predestinado tem direção de Gustavo Fernandez. O elenco inclui Danton Mello como José Arigó, como Juliana Paes como Arlete, James Faulkner como Adolph Fritzum “Dr. Fritz” e Marcos Caruso como Padre Anselmo.
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