Nova série da Netflix que mistura ação e suspense chega sem alardes e já está entre mais assistidas

Em uma chegada silenciosa, mas impactante, a nova série da Netflix, O Turista, fez seu caminho até o topo das mais assistidas da plataforma.

Protagonizada pelo talentoso Jamie Dornan, conhecido por seus papéis em Cinquenta Tons de Cinza e The Fall, a série convida os espectadores para uma jornada envolvente de ação e suspense ambientada nas paisagens inóspitas da Austrália.

Ação, Memória Perdida e o Mistério do Deserto

O núcleo da trama é intrigante: um homem, o protagonista interpretado por Dornan, acorda sem nenhuma lembrança de seu passado após um violento acidente de carro provocado por um caminhoneiro.

Essa premissa lança o personagem, que é conhecido apenas como “O Homem”, em uma busca desesperada por respostas. Ele não sabe quem é, mas fica claro que alguém quer vê-lo morto.

Caracterizado por cenas de alta tensão, O Turista segue a linha de outras produções que apostam na desconcertante vastidão da Austrália como pano de fundo para histórias de perigo e mistério envolvendo estrangeiros.

Narrativas do gênero frequentemente jogam a luz sobre a implacável intempérie do deserto australiano, uma região onde o perigo espreita na miragem do horizonte distante.

Personagens Marcantes em Papeis Desafiadores

Ao caminhar por essa terra desconhecida, “O Homem” encontra aliados e inimigos que adicionam profundidade à narrativa.

Uma dessas figuras é Helen Chambers, uma policial em início de carreira vivida por Danielle Macdonald, que traz autenticidade para sua personagem lidando com problemas de autoestima e o desejo de fazer a diferença.

Já o elenco de vilões carismáticos, entre eles está Billy (Ólafur Darri Ólafsson), contribui para o dinamismo da trama, deixando os espectadores em constante expectativa.

O mistério se adensa a cada capítulo, instigando o protagonista – e o público – a continuar a busca por respostas.

Esse suspense, cria um laço de empatia com os espectadores, que se veem enraizados no desejo de solucionar o enigma junto aos personagens.

Jamie Dornan como Elliot em O Turista (Reprodução / Netflix)
Jamie Dornan como Elliot em O Turista (Reprodução / Netflix)

Uma Experiência Neo-Noir

Os responsáveis pela série parecem ter feito um trabalho minucioso na escolha da fotografia e graduação de cores, auxiliando na construção de um cenário que oscila entre beleza e perigo.

Tal habilidade técnica reforça a sensação de tensão e desequilíbrio, fundamentais para uma produção que busca intercalar momentos de suspense acelerado e questionamentos mais introspectivos sobre identidade e existência.

Dito isso, O Turista não se limita à fórmula comum do gênero neo-noir. A série propõe uma atmosfera carregada de humor sutil que, ao invés de atenuar a tensão, realça o absurdo de algumas situações em que os personagens se encontram.

Trata-se de um equilíbrio cuidadoso entre a leveza e o peso de temas complexos, uma combinação que mantém o espectador envolvido e atento a cada reviravolta.

Ritmo Intrigante

Manter a atenção do público é uma tarefa desafiadora para qualquer produção audiovisual, especialmente quando o enredo envolve mistérios e ameaças constantes.

O Turista demonstra habilidade ao misturar esses elementos, mantendo um ritmo que sabe quando acelerar a aventura e quando dar espaço para os personagens refletirem sobre suas circunstâncias.

Essa alternância é um dos fatores que tem garantido a série um lugar na lista de preferidos dos assinantes da Netflix.

O programa também se destaca por propor uma reflexão sobre identidade num cenário onde nada é o que parece.

À medida que “O Homem” investiga quem é e por que está sendo perseguido, a série também convida o espectador a ponderar sobre questões existenciais mais amplas.

A memória, a identidade e a sobrevivência se entrelaçam em um enredo que vai além do mero entretenimento.

O Turista chegou à Netflix de mansinho e capturou a atenção dos assinantes com uma história envolvente, personagens complexos e uma ambientação que é tanto convidativa quanto aterradora.

Sergio ScarpaFormado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.
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