O emocionante filme Justiça em Chamas, de 2019, está fazendo grande sucesso na Netflix ao apresentar a impactante história sobre a luta de Elizabeth Gilbert, uma ativista dos direitos humanos, para tentar livrar um homem do corredor da morte.
A oscarizada, Laura Dern é a atriz que assumiu o papel de Gilbert no longa, e apesar da incontestável nobreza da persona da vida real, a atriz revelou que teve um pouco de problemas com o tom completamente heroico como a personagem acabou sendo escrita no roteiro.
Segundo Dern, pessoas nobres são complicadas e é justamente isso que lhe chama mais a atenção na atuação, e a forma como a personagem era descrita no roteiro, essencialmente como uma pessoa boa, a fazia parecer irreal.
eu achei justo, que ele [Ed Zwick] e Geoffrey Fletcher tivessem tanto respeito por ela e a maneira de homenageá-la, eles sentiram, era apresentar o nível de compaixão que ela mantém. Mas estava se infiltrando nas cenas, e pessoas gentis fazem coisas ruins, e pessoas nobres são complicadas, e isso é o que me interessa na atuação” revelou a atriz ao The Hollywood Reporter.
Com isso posto aos roteiristas, Dern contou que esse ponto acabou sendo corrigido quando ela e a equipe tiveram acesso à verdadeira Elizabeth, que lhes deu uma visão mais ampla e orientações sobre sua vida emocional, suas experiências como mãe e seus próprios sentimentos complexos em relação ao caso de Todd.
Sobre isso, aliás, Gilbert revelou a equipe qual foi seu objetivo real quando decidiu entrar no programa de escrever cartas para pessoas no corredor da morte.
Ela aprendeu sobre esse programa de escrever cartas para pessoas no corredor da morte e, como ela disse, o que achei muito engraçado: “Foi um daqueles momentos em que eu fiquei tipo ‘Ok, Serei uma boa pessoa, serei incrível e farei isso que é um ato de serviço para me sentir melhor comigo mesma, ou o que as pessoas fazem.’”, contou Dern na entrevista.
Esse tipo de conversa e revelações possibilitou que o roteiro humanizasse a personagem em Justiça em Chamas, e lhe desse mais camadas do que apenas a imagem de nobreza inicial.
Elizabeth Gilbert manteve contato e lutou para reverter o julgamento de Cameron Todd Willingham durante cinco anos (de 1999 até 2004).
Apesar das provas sobre incêndio que provocou as mortes das filhas de Todd, serem inconclusivas para motivação criminal, o homem acabou sendo condenado à morte e foi executado por injeção letal em 2004.
Em 2009, uma nova equipe forense concluiu que, com base nas provas apresentadas, Todd não deveria ter sido sentenciado, deixando ainda mais claro que, possivelmente, o estado do Texas matou um homem inocente.
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Fonte: THR
