As Nadadoras: Saiba porque uma das irmãs Mardini acabou PRESA mesmo após salvar vidas

As Nadadoras é a cinebiografia emocionante sobre duas irmãs refugiadas, profissionais da natação, que sobreviveram a guerra na Síria e mantiveram o sonho de participar das Olímpiadas de 2016.

Como mostrado no filme da Netflix, durante a travessia que precisaram fazer de barco da Turquia até a Grécia, Sara Yursa Mardini se jogaram no mar quando perceberam que o bote onde estavam iria fundar devido a ter mais passageiros do que o suportado. Dessa forma, ambas com a ajuda de outras duas pessoas, nadaram por três horas e meia empurrando a pequena embarcação até que todos nela estivessem seguros.

Depois que enfim conseguiram refúgio na Alemanha, as irmãs acabaram seguindo caminhos diferentes.  Enquanto Yursa seguiu na carreira esportista, Sara foi transformada pela experiência como refugiada, e decidiu retornar à Grécia em 2016 para ajudar outros refugiados.

Infelizmente, em 2018 a jovem acabou presa pelas autoridades gregas sob sérias acusações.

Por que Sara Mardini, de “As Nadadoras” foi presa?

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Desde 2016 Sara atuava em meio aos refugiados na Grécia que aguardavam para fazer a travessia que ela mesmo havia feito no ano anterior.

Entre suas funções, segundo a ONG e depoimentos de pessoas que lá estavam, Sara dava aulas de natação, além de ajudar a entregar cobertores, alimentos e outros donativos.

Em 2018, no entanto, as autoridades gregas passaram a acusar a jovem e outros dois voluntários de auxiliar a entrada ilegal de pessoas no território. Além disso, eles também enfrentam acusações de fazer parte de um organização criminosa responsável por espionagem e lavagem de dinheiro. Com isso, Sara acabou presa em Atenas, onde permaneceu no cárcere durante mais de 100 dias.

Mardini foi libertada apenas em dezembro daquele ano sob pagamento de fiança de 5 mil euros. Porém, isso só aconteceu devido à pressão internacional de organizações de direitos humanos que contestavam as acusações sem provas contra os voluntários presos.

Depois de ser solta, Sara retornou a Berlim, onde desde então, aguarda seu julgamento em liberdade, porém, correndo o risco de pegar até 25 anos de pena.

Os Defensores dos Direitos Humanos, ONG da qual Sara faz parte, enfrentam hostilidades da justiça europeia desde que a crise de refugiados começou em 2015. Dessa forma, não apenas Mardini mas diversos outros voluntários passam frequentemente por acusações sem provas concretas no país.

Até o momento, não há mais atualizações sobre o caso da nadadora.

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Aline ResendeFormada em Marketing e pós graduanda do curso de Língua Portuguesa e Literatura. Trabalha na área de comunicação como Criadora de Conteúdo além de fazer trabalhos de atuação e locução para materiais em vídeo. Pseudo-cinéfila e apaixonada por todo universo Geek.
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