As Nadadoras é o novo drama baseado em história real da Netflix, que estreou essa semana, após receber ótima recepção de crítica e público pelos festivais por onde passou.
A obra explora a jornada de duas irmãs esportistas que acabaram fugindo da Síria quando a guerra devastou o país, mas nunca deixaram de lado o sonho de participar das Olímpiadas.
Se você já teve a chance de assistir ao longa, e gostaria de saber um pouco mais sobre a história real que a inspirou, continue a leitura.
Conheça a história real de As Nadadoras
Os eventos narrados no novo filme da Netfix são bastante fieis aos acontecimentos da vida real das irmãs Yusra e Sara Mardini.
Assim, foi em 2015 que ambas, ao lado de seu primo Nizar, convenceram sua família de que precisavam fugir para Alemanha, já que o ambiente de guerra estava insustentável para a maior parte das famílias na Síria.
Dessa forma, durante a primeira parte de sua jornada, elas foram de um país a outro de avião, até que conseguiram chegar a Turquia, onde deveriam pegar um barco até a Grécia.
Foi durante a travessia que o momento mais crítico da jornada aconteceu.
Sara e Yusra embarcaram em um bote que não deveria ter mais do que 9 pessoas. No entanto, ao todo, o pequeno barco iniciou a travessia com 18 passageiros.
Quando o barco parou no meio do Mar Egeu e começou a encher de água, ambas as irmãs pularam no mar junto com outros dois passageiros. Dessa forma, agarrando-se as cordas da embarcação, os quatro usaram suas técnicas para empurrar e arrastar o bote até a terra.
Se os motores do barco não tivessem parado, a travessia deveria ter durado 45 minutos. Com os nadadores, no entanto, foram necessários cerca de 3h30 de esforço para que todos chegassem em segurança à Grécia.
Tive medo de morrer, mas senti que alguém tinha que fazer isso para deixar o barco mais leve”, disse Sara em entrevista ao Time.
Quando enfim chegaram, as irmãs e outros refugiados seguiram a pé pela Europa. Com isso, 25 dias após terem iniciado sua jornada, elas enfim chegaram até a Alemanha.
Em Berlim, Yusra continuou seu treinamento como nadadora profissional. Ela fez parte da equipe de refugiados que participou da Olímpiadas de 2016 e das Olímpiadas de 2020.
Já Sara retornou à Grécia em 2016 para dar assistência a outros refugiados.
A família das irmãs também conseguiram asilo na Alemanha, onde vivem atualmente.
