Verdade sobre os bastidores de Power Rangers pode estragar sua infância

Power Rangers fez parte da infância de muita gente, e vai reunir parte do elenco da primeira temporada em um especial que tem data de estreia marcada na Netflix para 19 de abril. O que ninguém sabe sobre a série é que ela contava com inúmeras tretas e problemas de bastidores.

A Ranger Rosa original, Amy Jo Johnson não estará presente no especial, e garantiu que o problema não é o salário oferecido, entretanto, essa foi uma reclamação na atriz quando a série ainda estava no ar. No ano de 2012, ela chegou a dizer no podcast No Pink Spandex que se sentiu abusada profissionalmente.

“Éramos pagos em no máximo 600 dólares por semana”, disse ela ao explicar que dois episódios eram filmados por semana, e como os atores eram jovens inexperientes, e nenhum deles filiado a um sindicato que lhe garantissem direitos, nenhum dos contratos tinha nenhum bônus para a venda internacional da atração, nem reprises, ou cláusulas que garantissem que eles continuassem recebendo pelos direitos de imagem.

E ela não foi a única a reclamar daquilo o que o público desconhece. Austin St. John, que interpretou o Ranger Vermelho em 1993, disse à Comic Con de São Francisco, nos Estados Unidos que ficava muito incomodado com algumas cenas e diálogos que eram obrigados a interpretar. Isso porque mesmo fazendo de tudo, e até implorando, nenhum dos atores tinha liberdade criativa para mudar o texto, ou adaptá-lo ao seu próprio jeito de falar.

Steve Cadernas, David Yost e Catherine Sutherland em Power Rangers: Agora e Sempre (Reprodução / Netflix)
Steve Cadernas, David Yost e Catherine Sutherland em Power Rangers: Agora e Sempre (Reprodução / Netflix)

“Não existia opinião criativa quando se tratada do roteiro ou te mudar alguma fala. Inclusive eu gostaria de ter recusado algumas falas”, disparou o ator ao citar um episódio em que ele precisa gritar com um vilão, que era um palhaço. Foi inserido um trocadilho ruim no texto que desagradou o ator e o levou horas para fazer uma única cena.

Porém, isso está bem longe de ser o pesadelo que David Yost, que interpretou o Ranger Azul enfrentou nos bastidores do programa de TV. Ele disse que muito jovem, ele ainda estava se entendendo como homem gay, e que era constantemente assediado, inclusive moralmente.

A situação ficou tão insustentável, que durante uma pausa para o almoço durante as gravações, ele foi embora para a casa e nunca mais voltou. Tudo isso aconteceu depois de ele ter sido chamado de “viadinho” pelos criadores, diretores e produtores da série.

Além da reunião com o elenco original da série, a Netflix atualmente conta com o filme Power Rangers, de 2017, que foi aguardado, mas com o fracasso de bilheteria teve sua sequência engavetada. Vale a pena assistir.

Sergio ScarpaFormado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.
Fechar