Mais uma vez Nicolas Cage é o grande chamativo de um filme não tão novo, mas no top 10 da Netflix. Uma História de Vingança acaba de chegar ao streaming com uma sinopse interessante, mas devido ao histórico de seu ator principal, é uma grande ameaça de “bomba” para o espectador.
Quem acompanha a carreira de Nicolas Cage sabe que apesar de filmes como O Senhor das Armas, a franquia A Lenda do Tesouro Perdido e outras boas produções, o ator é bastante conhecido por participar de produções de qualidade questionáveis nos últimos anos.
Assim, para te ajudar a saber se Uma História de Vingança é só mais um trabalho medíocre de Cage ou se o filme é uma dos filmes bons e sérios do ator, nesse artigo nós te apresentamos um pouco da produção, e ao final, lhe damos uma breve analise sobre o que achamos do longa.
Então, vamos lá!
Sobre Uma História de Vingança
Teena (Anna Hutchison) é uma mãe que acaba passando pelo pior pesadelo que uma mulher pode temer: um estupro coletivo, onde ao final foi abandonada pelos criminosos para morrer.
Para piorar ainda mais a situação, ao levar o caso ao tribunal, Teena e a única testemunha do crime, sua filha Bethie (Talitha Bateman) são desacreditadas e humilhadas, tendo como resultado a absolvição dos culpados.
Sem saber como agir, Bethie acaba pedindo a ajuda de John (Nicolas Cage) um policial veterano, responsável pela prisão dos culpados que, ao ver a injustiça pela qual mãe e filha estão sendo submetidas, decide chutar o balde e fazer justiça por si mesmo.
Uma História de Vingança foi lançado em 2017 e conta com a direção de Johnny Martin. O filme é baseado no livro Rape: A Love Story da escritora Joyce Carol Oates.
Vale a pena ou é furada?
Apesar de figurar no top 10 da Netflix e frustrando as esperanças dos fãs de Nicolas Cage, infelizmente o que temos a dizer é que sim, esse é apenas mais um filme ruim do ator.
Uma História de Vingança conta com uma ótima premissa, e por isso mesmo a execução de roteiro acaba sendo extremamente decepcionante.
Logo no início conhecemos a mãe solo Teena e claro que, sem conseguir desviar de clichês que falam sobre o acaso, a narrativa aposta nela conhecendo e de cara flertando com o personagem de Cage em um bar.
Depois disso, após o episódio violento sofrido por ela coincidentemente é o policial de Cage quem acaba assumindo o caso, e se aproximando da pequena filha da moça.
Até aí, ok, apesar de previsível o roteiro é aceitável. As coisas desandam de verdade, no entanto, quando os estereótipos de personagens começam a ser explorados de forma quase cômica.
A cena do tribunal onde a vítima e a filha são desacreditadas é forçada, irreal e escrita de modo a causar raiva no espectador, o que consegue de forma louvável, mas pelos motivos errados.
E sim, sabemos que em época em que Mariana Ferrer foi culpabilizada por uma corja judicial suja por seu próprio estupro, o caso de Teena no filme não parece ser tão absurdo. Mas o modo como isso é retrato, de forma esdrúxula, descuidada e quase desrespeitosa em Uma História de Vingança, simplesmente não convence.
Para piorar, o modo entediado com que Cage assume o papel de policial vingador é sofrível. O ator parece realmente com preguiça das sequências com os bandidos na qual foi colocado.
Enfim, um claro desperdício de uma temática forte, que poderia ter sido explorada com seriedade e profundidade, mas que acaba caindo em um limbo de sequências absurdas, que simplesmente não condizem com a sensibilidade do tema.
Não, não vale a pena assistir Uma História de Vingança na Netflix.
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