Desde sua estreia em 2017, Jovem Sheldon (Young Sheldon, no original) capturou o coração do público, trazendo a nostalgia e a curiosidade em conhecer a infância do icônico personagem Sheldon Cooper da aclamada The Big Bang Theory.
O spin-off não só mostrou os primeiros anos do jovem gênio, mas também evoluiu para uma comédia familiar que engrandeceu a vida dos Cooper em East Texas.
À medida que a série caminha para sua sétima última temporada, uma reflexão surge sobre o potencial desperdiçado: a química pouco explorada entre as crianças Cooper.
Há uma dinâmica fraterna que permaneceu nas sombras, impedindo os espectadores de desfrutarem plenamente da união emocional entre os irmãos.
Jovem Sheldon não conseguiu aproveitar as vantagens do apelo das crianças Cooper
De acordo com o Screen Rant, com a série avançando, ficou claro que os papéis de Georgie, Sheldon e Missy, magnificamente interpretados por Montana Jordan, Iain Armitage e Raegan Revord, respectivamente, eram de vital importância para o desenvolvimento do enredo.
Cada personagem traçou uma jornada distinta, desde as reviravoltas inesperadas da paternidade precoce e possíveis amarras matrimoniais de Georgie, passando pelos desafios acadêmicos de Sheldon na universidade, até as típicas experiências da adolescência enfrentadas por Missy.
No entanto, uma das críticas mais frequentes que a série enfrenta é o seu suposto descuido no uso da relação entre os irmãos. O que poderia ter sido um dos maiores atrativos da série — a dinâmica na tela entre os irmãos — tem sido subutilizada.
As temporadas mais recentes destacaram os caminhos divergentes dos irmãos, com raros momentos de verdadeira interação conjunta. Essa lacuna na representação das relações fraternas levou a um sentimento de oportunidade perdida, já que a última grande aventura dos irmãos juntos ocorreu ainda na primeira temporada.
The Big Bang Theory impede o Jovem Sheldon de consertar adequadamente o erro das crianças Cooper
Agora, com a série encaminhando-se para o grande final, fica evidente que o “erro” de não ter capitalizado na interação entre os irmãos Cooper não encontrará sua correção. Isto se deve, em grande parte, ao destino já estabelecido dos personagens em The Big Bang Theory.
Sheldon, como sabemos, traça sua rota para a Califórnia, construindo uma trajetória até a vida adulta antes de se tornar o físico excêntrico de The Big Bang Theory.
Ademais, os indícios de futuras produções sinalizam que teremos a oportunidade de explorar mais a fundo a narrativa de Georgie em um spin-off focado em sua nova família, e há rumores de que a trajetória de Missy também ganhará espaço no universo das séries derivadas.
Isso implica que, enquanto Jovem Sheldon se aproxima de sua conclusão, os caminhos individuais dos irmãos Cooper estão selados e qualquer resgate da dinâmica fraterna que não exploraram plenamente será fragmentado em distintas narrativas.
A separação das histórias torna o erro irreparável dentro do contexto da série original. Ainda que possam ocorrer reuniões futuras entre os irmãos, a narrativa previamente estabelecida sugere que, em última análise, eles encontrarão suas existências distantes um do outro.
Um grande “E Se”
Encaminhando-se para a despedida, os fãs poderão apenas imaginar o que Jovem Sheldon teria sido se tivesse aproveitado por completo a química entre os irmãos Cooper.
As risadas compartilhadas, as disputas e o apoio mútuo teriam não apenas enriquecido as tramas individuais, mas também solidificado o impacto emocional da série no público.
Embora Jovem Sheldon continue a ser uma boa fonte de entretenimento, é esse detalhe que, infelizmente, ficará para a história como uma das maiores falhas que a última temporada não terá tempo de corrigir.
