O longa espanhol, Um Homem de Ação, já está disponível na Netflix, contando a intrigante (e divertida) história de um dos falsificadores mais memoráveis da história.
Inspirado em uma história real, o filme conta com roteiro de Patxi Amezcua, que se baseou na fascinante história de Lucio Urtubia, o homem que, por acreditar fielmente em seus ideais, acabou ficando conhecido como o “Robin Wood” da vida real.
Confira a história real dessa figura história, a seguir.
A história real de Lucio Urtubia
Lucio Urtubia Jiménez, o grande protagonista de Um Homem de Ação, era um pedreiro nascido em Cascante, na Espanha, e que aprendeu com seu pai a ideologia anarquista que o acompanharia para sempre.
Desertando do serviço militar espanhol, para Paris, após ser descoberto como contrabandista de fronteira, a partir de 1954, ele passou a frequentar reuniões da Juventude Libertária Anarchiste francesa.
Foi esse contato que fez com que ele conhecesse outras personalidades também dispostas a tudo pela causa anarquista. Dessa forma, unido de alguns companheiros, promoveu diversos assaltos a bancos ao redor da Europa com a intenção de levantar fundos para a “revolução anarquista”.
As atividades de falsificação de moedas, começaram na década de 1960, se estendendo até 1970, quando outra ideia mais lucrativa surgiu.
Foi nessa década que Urtubia começou a falsificar cheques de viagem do Citibank dos Estados Unidos, num total de 20 milhões de dólares. Esse “rombo” financeiro, quase quebrou o banco, que viu suas ações caírem de forma assustadora.
Em compensação, os movimentos na América Latina e em outros lugares que lutavam para que os mais pobres tivessem acesso à comida, remédios e outros recursos, foram bem “calçados” pela quantia levantada por Urtubia.
O falsificador, apelidado pelos jornalistas da época como Robin Wood e ainda O Bandido Bom, acabou sendo pego e processado. Apesar disso, devido a simpatia que seus atos despertavam em advogados progressistas, sua pena foi estipulada em apenas 6 meses de prisão. Ele também precisou devolver as placas de cópia de cheques ao Citibank.
Para além de todos os atos envolvendo dinheiro, Lucio Urtubia também se envolveu diretamente em atos contra sistemas que considerava indignos.
Ele participou dos planos de sequestro à um ex-soldado do alto escalão do nazismo, recluso na Bolívia, ajudou na fuga de um dos líderes dos Panteras Negras, entre outros atos.
Lucio Urtubia morreu aos 89 anos em 18 de julho de 2020.
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