Saint-Malo, uma encantadora comuna portuária localizada na região da Bretanha, na França, está se tornando cada vez mais conhecida como um dos locais mais belos e importantes das filmagens da aclamada minissérie “Toda Luz Que Não Podemos Ver“.
A cidade desempenha um papel fundamental na trama, retratando o local para onde os personagens Marie-Laure LeBlanc e seu pai fogem após a ocupação nazista de Paris. A autenticidade e verossimilhança do local foram fundamentais para o autor do livro e garantiram que a cidade ganhasse vida nas telas.
Saint Malo e sua relação com Toda Luz Que Não Podemos Ver
Localizada na costa do Canal da Mancha, Saint-Malo é uma cidade murada com uma longa história de pirataria. Sua importância na minissérie “Toda Luz Que Não Podemos Ver” se deve à batalha de Saint-Malo, ocorrida em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial.
A cidade foi palco de intensos combates entre as forças aliadas e as tropas alemãs, e essa batalha é retratada na trama. A autenticidade dos cenários foi uma prioridade para a produção, e as ruas de paralelepípedos e as antigas muralhas da cidade forneceram o ambiente perfeito para recriar a atmosfera da época.
Sobre a comuna de Saint-Malo
A cidade é uma comuna portuária que também é conhecida por sediar a famosa corrida de iates solitários transatlânticos chamada Route du Rhum. Com uma população de aproximadamente 46.097 habitantes, a cidade ganha vida principalmente durante a temporada turística de verão, quando pode chegar a até 300.000 visitantes. Se contarmos os subúrbios, a cidade pode ter até 135 mil habitantes.
Além de suas belas praias e arquitetura histórica, a cidade também é um importante terminal de balsas, ligando as Ilhas do Canal e assentamentos ingleses no sul da Inglaterra.
Saint Malo ao longo da história
A história de Saint-Malo remonta ao século I a.C., quando foi fundada pelos gauleses. A cidade sempre teve tradição de autonomia em relação às autoridades francesas e bretãs, o que contribuiu para sua fama como lar de corsários e piratas. Além disso, os muros da cidade foram construídos no século XVII pelo bispo Jean de Châtillon.
Um dos momentos mais marcantes da história de Saint-Malo ocorreu durante a exploração do Canadá, quando o explorador Jacques Cartier partiu da cidade rumo ao Rio São Lourenço e foi considerado o descobridor do Canadá.
Infelizmente, durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade foi quase totalmente destruída pelos bombardeios americanos. No entanto, a cidade foi reconstruída ao longo de um período de 12 anos, recuperando sua beleza e encanto histórico. Em 1998, Saint-Malo foi sede de uma cúpula anglo-francesa, resultando em um acordo significativo em relação à política de defesa europeia.