Rainha Cleópatra: Nova série da Netflix quase foi BANIDA do Egito. Entenda a polêmica!

Antes mesmo que chegasse ao catálogo da Netflix, a série original Rainha Cleópatra” já vinha dando o que falar entre os assinantes da plataforma de streaming, que debatiam acerca de alguns temas da série.

Nas últimas semanas, a raça da personagem principal da série virou tópico de debate acerca de representatividade e realismo histórico. Entenda, a seguir, por que Rainha Cleópatra” se envolveu em polêmicas:

O que tem de tão polêmico em “Rainha Cleópatra”?

Raça da protagonista dá o que falar entre assinantes (Imagem: Divulgação/Netflix).

Apesar da originalidade por trás da nova série da Netflix, a figura de Cleópatra, Rainha do Egito, já ganhou os mais diversos tipos de representações através dos anos. É impossível falar sobre a personagem, por exemplo, sem citar o trabalho de Elizabeth Taylor no papel da Rainha no clássico Cleópatra“, lançado em 1963.

Ainda no último ano, muito se discutiu acerca do tema quando a atriz Gal Gadot foi escalada para interpretar a Rainha em uma nova adaptação de sua história. Nascida em Israel, atriz se identifica como branca, e o fato de Cleópatra ter sido Rainha do Egito indica que a figura histórica pode, na realidade, ter vários traços negros.

Neste sentido, a série da Netflix dá o que falar ao trazer a atriz Adele James, uma atriz negra, ao papel principal. Desde que a gigante de mídia divulgou o trailer oficial da série, diversos teóricos e usuários da plataforma estão apontando que isso é um desrespeito à história de Cleópatra.

Aqui, contudo, vale destacar que a raça e as origens da verdadeira Cleópatra são tópicos de discussão até os dias de hoje. Sabe-se que a Rainha é descendente de Ptolomeu 1° Sóter, general de origem greco-macedônica, mas a ancestralidade étnica da mãe da figura histórica ainda é imprecisa.

Série foi alvo de polêmicas no Egito

“Rainha Cleópatra” quase foi banida no país de origem (Imagem: Divulgação/Netflix).

Enquanto pessoas dos mais diversos países discorrem acerca das verdadeiras origens da monarca, autoridades do Egito reagem das mais diversas formas à série da Netflix. Parte mais conservadora das instituições históricas, inclusive, alegam que a produção promove uma “falsificação da história egípcia” ao retratar a personagem coo negra.

De acordo com Mostafa Waziri, autoridade do Conselho Supremo de Antiguidades, essas críticas não têm origens racistas, pois se tratam de “defender a história da Rainha Cleópatra, que é parte importante da história do Egito Antigo”. Para o historiador Zahi Hawass, a série mente sobre suas origens: “Cleópatra era grega, o que significa que era de pele clara, não negra”.

Tudo ganhou novos contornos, contudo, quando o advogado egípcio Mahmoud al-Semary foi ao Ministério Público do país. Para ele, a Netflix deveria ser bloqueada em todo o território nacional, visto que uma mulher negra no papel “apaga e distorce a identidade do Egito”.

Negra ou não, a série da Netflix não mente ao defender que Cleópatra é uma das maiores figuras do Egito Antigo e que seu poder à frente do país mostrou a força da civilização africana em um período cheio de maravilhas e marcos históricos.

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Por fim, queremos saber: você pretende assistir Rainha Cleópatra” na Netflix? Quais são suas expectativas para o título? Compartilhe o que pensa com a gente nas redes sociais, e fiquem sempre ligados aqui e nas páginas do Sobre Sagas para mais informações sobre a série!

Marcello OliveiraArquiteto e Urbanista aficionado por Cenografia e Cinema. Criador de conteúdo da área desde 2013 e apaixonado por adaptações cinematográficas, especialmente de fantasia.
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