Produtor de One Piece explica principal DESAFIO da adaptação pra Netflix

A adaptação de One Piece da Netflix estreou nesta quinta-feira (31) e tem dado o que falar, para o bem ou para o mal. Recentemente, o produtor da série, Steven Maeda, explicou os principais desafios e diferenças da adaptação de One Piece da Netflix e o mangá.

Steven Maeda explica principais desafios da adaptação live-action de One Piece

Produtor de One Piece explica principal DESAFIO da adaptação pra Netflix

Segundo Steven Maeda, o maior desafio encontrado na adaptação de One Piece foi a necessidade de condensar a vasta história do mangá em uma temporada com apenas oito episódios.

O mangá, que conta com mais de mil capítulos e mais de 20 anos de lançamento, apresenta uma narrativa rica em detalhes, personagens e subtramas. Portanto, foi um verdadeiro desafio encontrar uma maneira de trazer toda essa complexidade para a tela, garantindo que o enredo permanecesse coeso e bem desenvolvido.

Além disso, Maeda explicou que outra dificuldade encontrada foi a de adaptar a série de forma a agradar tanto aos fãs apaixonados do mangá original quanto aos novos espectadores que não estão familiarizados com a história.

Para alcançar esse objetivo, o produtor executivo fez algumas mudanças estruturais e de ritmo na narrativa, sem, no entanto, perder a essência da história de piratas e aventuras que conquistou milhões de fãs ao redor do mundo.

Veja a fala de Steven Maeda na íntegra:

A escolha foi feita para manter [esta temporada] dentro dos primeiros 100 capítulos porque é tão extensa, é tão abrangente. Existem tantas direções diferentes para seguir, e nenhum dos cenários realmente se repete, o que torna um enorme desafio de produção porque eles estão indo para lugares novos a cada um ou dois episódios. Acredito que [o mangá] esteja com 1.089 capítulos agora e ainda não está finalizado… [A Primeira Temporada] é apenas uma série de locações e antagonistas maravilhosos, inventivos e únicos. Isso não manteria os oito episódios coesos. Era necessário haver uma sensação de que havia um vilão que era meio que o foco principal da primeira temporada.

Principais diferenças entre o mangá e a série da Netflix

Uma das principais mudanças feitas na adaptação de One Piece para live-action foi intensificar a perseguição dos Marines aos Piratas do Chapéu de Palha, algo que acontece mais tarde no mangá. Essa decisão foi tomada com o intuito de criar um senso de urgência e ação desde o início da série, ao mesmo tempo em que mantém a fidelidade à história original.

Outra diferença significativa é a introdução antecipada de múltiplos vilões na trama. Na série da Netflix, personagens como o Vice-Almirante Garp e Arlong são apresentados mais cedo, ao mesmo tempo em que buscam ser fiéis ao mangá e atrair novos fãs.

Você também pode gostar de ler:
One Piece: conheça o ELENCO completo e personagens do live-action da Netflix

Essas mudanças permitem que os espectadores se envolvam mais rapidamente com a história e os conflitos, além de adicionar camadas de complexidade aos personagens e suas motivações.

Maeda explica que a escolha de basear a primeira temporada nos primeiros 100 capítulos do mangá se deu ao grande volume de material disponível. Esses capítulos iniciais foram selecionados por conterem as principais aventuras e apresentarem os personagens principais, permitindo um mergulho no mundo de One Piece de forma satisfatória.

Apesar das mudanças, é importante ressaltar que a adaptação de One Piece para live-action parece ser fiel à história original e deve agradar tanto aos fãs apaixonados quanto aos novos espectadores. A série promete trazer a emocionante jornada de Monkey D. Luffy e sua tripulação em busca do tesouro supremo, enfrentando perigos, criando laços e superando desafios.

Alexandre Garcia PeresEditor do Sobre Sagas e Analista de SEO da WebGo/Content. Raramente ri com filmes e prefere muito mais um dramão. Sempre conta os dias pelos próximos filmes do Tarantino, da Pixar e do Studio Ghibli e frequentemente reassiste os mesmos filmes na dúvida do que assistir. Pela formação em Letras, tem pavor de adaptações ruins de livros e sente um leve prazer ao assistir filmes muito ruins, especialmente os que passam na TV aberta. No tempo livre, gosta de tocar violão/guitarra, jogar videogame e brincar com um dos seus 12 gatos.
Fechar