Prejuízo pode fazer Disney tomar decisão drástica sobre o Disney+

De acordo com o site Variety, os executivos da Disney apresentaram nesta quarta-feira (10) o balanço trimestral. Por um lado, o Disney+ teve sua segunda queda de assinantes desde 2022, e terminou o trimestre com 157,8 milhões de assinantes, a estimativa é que o serviço de streaming terminasse o balanço com cerca de 161,8 milhões de assinantes.

Por outro lado, a empresa conseguiu reduzir os prejuízos do streaming em cerca de US$ 400 milhões, uma queda de 26%. No entanto, a Disney ainda deve tomar mais medidas para evitar mais prejuízos, e algumas delas podem até surpreender os assinantes.

Uma das medidas anunciadas na conferência foi que os conteúdos do Hulu passarão a fazer parte do Disney+ ainda este ano. No entanto, não se sabe se o Hulu será extinto, e também não houve discussão sobre os conteúdos do Star+, com isso não se sabe se essa mudança afetará o Brasil.

Uma das executivas da Disney afirmou que a empresa passará por um “processo de revisão de conteúdo” e “removerá certos conteúdos” das plataformas de streamings. Essa estratégia já foi feita pela Warner Bros. Discovery na HBO Max.

A remoção de conteúdo é uma forma de diminuir gastos em um streaming ao não manter uma produção de baixa audiência no serviço. Isso supostamente também pode estar ligada a uma estratégia usada pela Disney na época em que as fitas VHS e DVDs estavam no auge.

Conhecido como “moratória Disney”, DVDs e VHS eram vendidos em quantidade limitadas em lojas, e o que não se vendia era retirado das lojas. No entanto, a venda desses produtos acontecia novamente anos depois. Isso mantinha um alto interesse do público em comprar as mídias, pois não sabiam quando estariam disponíveis de novo para venda.

O streaming pode seguir o mesmo caminho. Colocando produções por um tempo no catálogo e depois as retirando. Quando essas produções retornam para o streaming pode haver um aumento do numero de assinantes como consequência, ou o retorno de ex-assinantes.

De acordo com a Disney: “[…] a melhoria na distribuição nos cinemas se deve ao sucesso contínuo de Avatar: O Caminho da Água, que foi lançado no primeiro trimestre do ano atual, parcialmente compensado pela comparação com a receita de coprodução no trimestre do ano anterior de Homem-Aranha: Sem volta para Casa, da Marvel”.

O trimestre atual incluiu o lançamento de Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, enquanto o trimestre do ano anterior incluiu o lançamento de Morte no Nilo.

Sergio ScarpaFormado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.
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