O filme brasileiro Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz acaba de chegar na Netflix, desvendando a intrigante história de José Arigó, o médium de Minas Gerais que alegava realizar curas espirituais incorporando o espírito de um médico alemão do século passado.
Sob a direção de Gustavo Fernandez, a produção lança olhar sobre um caso que mistura fé e controvérsia. Mas até que ponto essa narrativa espelha a verdade?
O verdadeiro José Arigó
Ocorrido entre as décadas de 1950 e 1970, o enredo nos apresenta a José Arigó, um mineiro que chamou atenção pelo sua suposta habilidade de contato com o além.
Encarnado nas telas por Danton Mello, Arigó é mostrado como um homem comum que enfrentou fortes adversidades, desde o ceticismo popular até embates com a igreja e autoridades locais.
O longa narra com seriedade os obstáculos da trajetória de Arigó, destacando a opressão de detratores como o Padre Anselmo, papel de Marcos Caruso, e o apoio inabalável de sua esposa, interpretada por Juliana Paes.
Além da família, Arigó é retratado encontrando aliados, como Chico Xavier, vivido por João Signorelli, que no filme assume a posição de seu guia espiritual. O enredo enfatiza o empenho do médium em ajudar os outros sem esperar recompensas materiais.
A narrativa do longa se baseia no livro Arigó e o Espírito do Dr. Fritz de John G. Fuller. A obra, que documenta os feitos do médium, traz credibilidade ao filme, que se esforçou para representar a realidade da época, inclusive através de gravações na cidade de Congonhas, onde Arigó viveu.
O filme não ignora os aspectos controversos de sua jornada, inclusive as alegações de cura de milhares e as vezes em que foi preso.
Contudo, o filme busca retratar o legado de Arigó com respeito e tenta corrigir desinformações da época, apresentando o espiritismo com dignidade e sensibilidade.
Predestinado oferece um olhar sensível e curioso à vida de um dos médiuns mais notórios da história brasileira. O filme é um convite para refletir sobre a fé e o poder do desconhecido.
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