À medida que The Crown foi chegando aos episódios finais da narrativa, os espectadores finalmente ganharam as respostas para algumas perguntas que há anos rodeiam a família real britânica.
Desde sua estreia, a série de Peter Morgan capturou a atenção do público, oferecendo uma visão dramatizada, mas crítica, dos bastidores da mais famosa monarquia do mundo. Agora, vemos a conclusão das intrigas reais e imaginárias que acompanharam a série da Netflix.
Vamos conferir agora as principais perguntas que foram assunto de fervorosas discussões entre fãs e críticos ao longo das últimas temporadas, e que finalmente ganharam respostas.
Houve mesmo uma culpabilização da Família Real pela morte de Diana?
Após a trágica morte da Princesa Diana, muito se especulou sobre o envolvimento da família real no acidente que lhe custou a vida.
No episódio Hope Street, The Crown assumiu uma postura ousada ao abordar alegações feitas por Mohamed Al-Fayed, dando vazão às acusações de uma conspiração por parte da monarquia. Além disso, a série também evidencia como parte do público geral também passou a culpabilizar a família real, especialmente Charles, pela morte da princesa.
Contudo, a série é cuidadosa ao refletir sobre os resultados da Operação Paget, a investigação oficial que refutou as teorias de qualquer envolvimento da monarquia na morte de Diana e o namorado.
Dessa forma, embora o roteiro brinque com os rumores, a verdade histórica é mantida intacta: não houve evidência de responsabilidade real no falecimento de Diana.
A mãe de Kate manipulou o início do namoro da filha com o príncipe?
Avançando para eventos mais recentes na linhagem real, a série sugere que houve um movimento calculado por parte da mãe de Kate Middleton, visando posicionar sua filha para um futuro promissor ao lado do Príncipe William.
O drama investe na narrativa de uma manobra materna orquestrada, evocando uma história de ascensão social e estratégia familiar.
Na vida real, realmente Kate acabou mudando de universidade, e foi nesse ponto que conheceu e iniciou seu relacionamento com William. Contudo, não há reais evidências de que sua mudança de instituição foi orquestrada puramente com o objetivo de conseguir se envolver com o príncipe.
Elizabeth e Margareth eram próximas?
The Crown não apenas captura as tensões políticas e constitucionais da monarquia, mas também retrata as complexidades das relações familiares.
No episódio Ritz, os espectadores exploram mais uma vez a conexão entre a Rainha Elizabeth e sua irmã Margareth. Embora salpicado de dramatização, o elo visto na tela reflete um vínculo verdadeiro que existia entre as duas enquanto Margareth era viva.
Apesar de todas as “picuinhas” familiares e decisões questionáveis de Elizabeth em relação à vida de sua irmã ao longo dos anos, há evidências históricas que comprovam que sim, as duas foram próximas durante toda a vida, e de certa forma, tinham apenas uma na outra a figura de “melhor amiga”.
William e Harry sempre estiveram em lados contrários?
A dinâmica de “herdeiro do trono” e segundo filho é perpétua na monarquia britânica e é algo que, mais uma vez, The Crown examina com detalhes na relação entre os príncipes William e Harry.
A série faz uma tentativa consciente de retratar os irmãos de maneira equilibrada, sem cair na tentação de influenciar a narrativa com os eventos mais recentes do lançamento do livro de Harry que mostrou que, segundo o príncipe, ele e o irmão nunca realmente concordaram em nada e Harry sempre se sentiu subjugado pelo irmão mais velho.
Peter Morgan justificou ao THR que preferiu deixar de lado as novas evidências da relação do irmão na série porque elas só vieram à tona agora, e seu objetivo era mostrar como o relacionamento dos irmãos aparentava na época da série, ou seja, no início dos anos 2000.
Elizabeth pensava em abdicar do trono?
Uma grande interrogação que pairou sobre a série foi se a Rainha Elizabeth II já considerou abdicar do trono.
Dentro dos episódios finais, enfrentamos a dramatização de uma crise existencial da matriarca da família real. No entanto, apesar do fascínio que a possibilidade de abdicação possa provocar na audiência, a aderência ao dever de servir até a morte permanece a verdade histórica.
“The Crown” explora as inseguranças e o peso das obrigações reais sem desviar-se dos fatos – a Rainha Elizabeth II nunca deu indícios sérios de renunciar a sua coroa.
Todos os episódios de todas as temporadas de The Crown já estão disponíveis na Netflix.
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