Uma nova bomba parece ter chegado à Netflix e está desagradando a maior parte dos assinantes. O Perfumista é o novo longa alemão recém-lançado na plataforma, e que apesar de ser inspirado em um clássico da literatura moderna, não parece fazer jus à obra original.
Dirigido por Nils Willbrandt, o longa segue uma detetive que perdeu o olfato quando era criança, e disposta a recuperar esse sentido, e o amor de sua vida, acaba se unindo a um perfumista macabro que usa métodos assassinos para criar suas essências.
O filme está no top 10 do streaming, mas a gente explica os maiores motivos para O Perfumista estar desagradando. Confira.
Motivações ruins da protagonista
A protagonista de O Perfumista acaba tomando um caminho extremamente questionável no filme por uma motivação extremamente frágil e que não se sustenta.
Seja para recuperar o olfato ou o amor, nada disso parece se encaixar de forma crível na narrativa supostamente “realista” a qual a obra se propõe.
Narração cansativa
Outro ponto de O Perfumista que desagrada bastante é o fato de praticamente o filme todo contar com narração.
A história se torna truncada e cansativa, e esse artifício faz crer que faltou competência tanto no roteiro quanto nas atuações para conseguir transmitir os sentimentos dos personagens sem que esses precisem ser descritos didaticamente o tempo inteiro.
Atuações meia-boca
Pois é, alguns filmes com roteiros ruins ainda conseguem ser salvos por atuações convincentes. Mas esse também não é o caso de O Perfumista que vê tanto seus protagonistas, quanto personagens secundários patinarem para conseguir dar alguma credibilidade às atuações.
Não se compara as obras anteriores que adaptaram O Perfume
O Perfume é o livro de Patrick Süskind lançado em 1985 e que foi usado como inspiração para o filme O Perfumista.
O livro já foi adapto outras duas vezes com o filme Perfume: A História de um Assassino (2006) e a série O Perfume (2018), ambas obras bastante elogiadas.
O Perfumista, no entanto, não consegue se equiparar as duas, porque não parece ter objetivo claro.
O novo filme não foca nem nos atos do assassino, nem na investigação, não se aprofundando em nenhum informação realmente relevante.
Ao invés disso remete o enredo simplesmente a uma motivação egoísta da protagonista, e transforma o que deveria ser o grande e complexo vilão da história, em uma entidade quase que com “poderes sobrenaturais”.
Enfim, um verdadeiro desastre que realmente não consegue capturar nem de longe a essência da obra original.
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