O filme O Enfermeiro da Noite estreou na Netflix na última quarta-feira (26) e, como era de se esperar, conquistou o interesse do público.
Com os oscarizados Jessica Chastain e Eddie Redmayne nos papéis principais, o longa é baseado na macabra história real de Charles Cullen, um dos assassinos em série mais famosos dos Estados Unidos.
A seguir a gente te conta detalhes dos fatos que inspiraram esse suspense macabro do streaming.
O caso real do enfermeiro serial-killer de Nova Jersey
Charles Cullen, o enfermeiro que fez diversas vítimas em hospitais do estado de Nova Jersey, nos Estados Unidos, passou mais de uma década cometendo assassinatos até, finalmente, ser responsabilizado.
Cullen se matriculou no curso de enfermagem em 1984, após anos servindo como suboficial da Marinha, de onde foi dispensado após vários episódios de tentativas de acabar com a própria vida.
Em 1987 ele se formou e começou a trabalhar no hospital St. Barnabas, em Livingston, Nova Jersey onde já em 1988 começou a fazer vítimas.
Nesse hospital, o enfermeiro macabro fez inúmeras vítimas, até que foi demitido em 1992 quando as autoridades do hospital passaram a investigar a contaminação de bolsas de soro que resultou em dezenas de mortes de pacientes.
Se mudando para outra cidade, Cullen conseguiu trabalho em um hospital em Phillipsburg onde assassinou três mulheres idosas com o que viria a ser a principal medicação usada por ele em suas vítimas, a digoxina, uma droga para o coração.
Apesar disso, ele só deixou o hospital no final de 1993, após um divórcio complicado, mais uma tentativa de suicídio e uma internação em clínica psiquiátrica para tratar depressão.
Ao longo de mais de 10 anos, Cullen teve passagens por diversos hospitais de Nova Jersey onde fez vítimas de vários tipos. E mesmo com as desconfianças de membros da diretoria dos centros médicos e de colegas de trabalho, não foram tomadas ações legais por medo dos empregadores de serem prejudicados judicialmente.
Isso só mudou quando Cullen começou a trabalhar no Somerset Medical Center, e iniciou uma relação de amizade muito próxima com Amy Ridgway, enfermeira com quem dividia o plantão.
Amy começou a ajudar os investigadores do hospital em relação a Cullen, e foi a peça chave em conseguir as confissões que levaram o assassino à prisão em 2003.
Ao todo, Charles Cullen admitiu ter assassinado 40 pacientes nos 16 anos que exerceu a prática da enfermagem, mas investigadores acreditam que os números reais podem ultrapassar as 300 mortes.
O assassino recebeu 11 sentenças de prisão perpétua que cumpre até hoje.
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