O Amante de Lady Chatterley chegou com rótulo de novo filme quente da Netflix ao explorar uma história “escandalosa” sobre prazer feminino no início do século passado.
Protagonizado por Emma Corrin e Jack O’Donnel, o longa ousa com suas cenas íntimas, mas acima de tudo com a narrativa de uma nobre que acaba mantendo um caso fervoroso com um dos empregados de sua propriedade.
Baseado no livro homônimo do escritor DH Lawrence, o que muitas pessoas podem não saber é que o autor se inspirou na história real de sua própria vida para escrever o romance.
A verdadeira história de “Lady Chatterley”
O pesquisador historiador Richard Owen lançou em 2005 uma biografia de DW Lawrence onde esclareceu que a inspiração do autor para o romance O Amante de Lady Chatterley, foi ninguém menos que sua própria esposa.
Aos 26 anos, Lawrence conheceu Frieda Weekley, seis anos mais velha que ele e esposa de seu professor Ernest Weekley, na universidade. Atraído e correspondido por ela, não demorou para que os dois se tornassem amantes.
O caso entre eles acabou sendo descoberto pelo então marido de Frieda, que exigiu o divórcio (na época permitido apenas sob a comprovação de crime…como o adultério) e a impediu de ficar com os três filhos.
Segundo Owen, Lawrence sempre soube que a mulher era adepta do “amor livre”. Dessa forma, ele aceitava sem muitas ressalvas suas constantes traições, considerando que ele mesmo a conheceu dessa forma.
O casal se casou juridicamente em 1914, época em que a Guerra começava, e que Lawrence era acometido pela tuberculose.
Mais tarde, em 1920 as brigas se tornaram constantes entre o casal, e eles decidiram se separar por um tempo. Com isso, Lawrence iniciou um caso com Rosalind Baynes, esposa de um médico italiano.
Owen diz que alguns traços de Rosalind também foram usados para criar Lady Chatterley. Assim, ambas as mulheres do autor foram inspirações para uma de suas personagens mais icônicas.
O caso foi breve, e pouco tempo depois Lawrence e Frieda retomaram seu casamento, o qual se manteve até a morte do autor em 1930.
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Fonte: Daylimail
