Margaret Atwood | Autora de “O Conto da Aia” critica linguagem inclusiva para pessoas trans

Desde ontem, a autora canadense Margaret Atwood tem estado entre os assuntos mais comentados do twitter após se envolver em um assunto bastante caro aos usuários das redes sociais: linguagens inclusivas. Tudo começou quando a escritora compartilhou um artigo do Toronto Star onde se questionava: “Por que não podemos falar ‘mulheres’ mais?“.

No texto, a colunista Rosie Dimanno critica o que chama de “apagamento das mulheres“. No texto, Dimanno critica o jornal médico britânico “The Lancet” por trocar as palavras “mulheres” por “corpos com vagina” em sua mais nova edição. O texto também sai em defesa da autora britânica J.K. Rowling, que passou a ser chamada de TERF (Feminista radical trans-excludente) após compartilhar argumentos transfóbicos em sua conta do twitter.

Desde que compartilhou a publicação, Atwood tem sido amplamente confrontada pelos usuários da rede social, que defendem o uso de uma linguagem cada vez mais livre e capaz de incluir pessoas trans e não-binárias. Isso acontece, na verdade, pela proposta falaciosa do próprio texto de Dimanno, posto que não existe, na realidade, pessoas que argumentam contra o uso da palavra “mulher”, mas sim a favor de termos ainda mais abrangentes e inclusivos.

Nas respostas do tweet da própria autora, alguns dos seus seguidores saíram em defesa da linguagem inclusiva, contrapondo os argumentos compartilhados pelo texto. Foi o caso, por exemplo, da renomada escritora Amada Jetté Knox, que se identifica como não-binária e respondeu Atwood:

“Estou decepcionada que você tenha compartilhado isso porque é uma mentira. Nós ainda podemos falar ‘mulher’ e podemos também dizer ‘pessoas’ quando faz sentido utilizar uma linguagem mais inclusiva. Eu sou não-binária. Eu também menstruou e tive três filhos. Falar ‘pessoas que menstruam’ inclui as mulheres E eu”.

Em tweets posteriores, a autora pediu que as pessoas lessem o texto e defendeu que Rosie Dimanno não é uma feminista trans-excludente. Posteriormente, ela chegou a compartilhar uma resposta que trata o uso da palavra “pessoas” como mais inclusivo. A publicação original, entretanto, ainda não foi retratada ou deletada da conta da autora.

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Marcello OliveiraArquiteto e Urbanista aficionado por Cenografia e Cinema. Criador de conteúdo da área desde 2013 e apaixonado por adaptações cinematográficas, especialmente de fantasia.
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