Herança é um novo suspense que acaba de chegar ao catálogo da Netflix com o atrativo de ter Lily Collins, a Emily em Paris, como protagonista em um papel que não poderia ser mais diferente de sua animada publicitária da série.
Dirigido por Vaughn Stein, o filme é daqueles que brinca com as certezas do público, e entrega reviravoltas inesperadas ao longo de todo o enredo.
Originalmente lançado em 2020, devido a pandemia esse filme acabou não recebendo tanta atenção nos cinemas, mas agora, lançado no streaming, tem tudo para ser um dos mais assistidos da Netflix nos próximos dias.
Nós já vimos Herança, e a seguir te contamos mais detalhes sobre o filme, e o que você pode esperar dele.
Sinopse de “Herança”
Lauren (Collins) é uma promotora da cidade de Nova York conhecida por sua luta irrefreável em defesa de suas vítimas. Porém, a morte de seu pai acabará colocando em xeque tudo aquilo em que ela acreditou durante toda a vida.
Parte importante de uma rica e influente família, Lauren recebe a notícia traumática da morte do pai, seguida pelo encontro de um pen-drive onde o patriarca lhe entrega um segredo guardado a sete-chaves em um bunker no meio da floresta.
Ao embrenhar-se por esse mistério, ela acaba descobrindo uma verdade chocante, que abalará sua vida para sempre e ameaçará todo o legado de sua família.
Sobre o filme
Herança marca a estreia de Matthew Kennedy como roteirista de cinema, já que esse é o primeiro longa da carreira do escritor.
O filme entrou em produção em 2018, com seu casting anunciando além de Lily Collins no papel principal, os atores Simon Pegg e Kate Mara.
As gravações ocorreram entre fevereiro e abril de 2019, e o longa estreou em maio de 2020 com distribuição em cinemas limitados devido a pandemia.
Apesar de seu grande elenco, a verdade é que a crítica não recebeu muito bem a ideia do filme, com o longa aparecendo com apenas 24% de aprovação no site agregador de opiniões Rotten Tomatoes.
Vale a pena assistir “Herança”?
Herança é no mínimo um filme complicado, já que é cheio de boas ideias e muito potencial, porém, deve decepcionar boa parte dos espectadores com suas resoluções mais simplistas do que o esperado.
O filme inicia com um ritmo bom e relevância, já que logo de cara apresenta sua protagonista como uma espécie de “pilar” da justiça, que luta pelo direito de cada vítima em ver seus abusadores atrás das grades.
Isso é importante para que o espectador acompanhe a grande quebra da história e impasse moral da personagem, já que poucos minutos depois ela descobre a tal herança macabra que o pai lhe deixou: um refém preso em um bunker desconhecido na propriedade da família.
A partir daí, a narrativa gira em torna de Lauren tentando desvendar o que afinal aconteceu para levar seu pai a manter um homem em cativeiro, tratado como um animal enjaulado, durante todo o tempo.
Ok, até aqui e iniciando as revelações o filme é realmente interessante e deve manter todas as atenções do espectador, já que o nível de urgência da protagonista é passado completamente ao público.
O problema é que, no decorrer dos minutos, o enredo começa a se perder em alguns pontos, e certamente algumas pessoas passaram a questionar algumas incoerências no roteiro, com o principal sendo: porque o próprio pai não revelou os motivos por trás da situação?
Essa é só uma das questões que passam a incomodar a medida que a história se passa, além de, em certo momento, ficar claro que tudo poderia ser resolvido sem tanta enrolação.
Por fim, é certo dizer que o desfecho deve ser um tanto decepcionante para algumas pessoas, já que, apesar de amarrar todas as pontas, acaba ficando um pouco aquém do esperado.
Enfim, de modo geral, todo o massacre por parte da crítica à Herança é sim injustificado. Isso porque, o filme realmente tem muitas falhas, mas está longe de ser tão ruim quanto você achar lendo algumas opiniões de “especialistas”.
Ainda assim, esse é um suspense apenas mediano, que desperdiça muito de seu potencial e de seu elenco se rendendo há alguns clichês narrativos que, com menos preguiça, poderiam resultar em um desfecho muito mais original.
De qualquer forma, vale a pena conferir na Netflix e tirar as próprias conclusões.
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