Você sabia que o filme Harriet conta uma história real de uma das abolicionistas e ativistas políticas mais famosas dos Estados Unidos?
Não sabia? Então aproveite para conhecer os detalhes da vida de Harriet Tubman, cuja história é contada no filme que estreou na Netflix nesse final de semana.
Harriet: Conhecendo a verdadeira história
Harriet nasceu no condado de Dorchester, no Estado da Marilândia, em 1822, embora sua data de nascimento nunca fosse oficialmente confirmada. Harriet teve uma infância difícil, sendo constantemente agredida e açoitada por seus “mestres”, com uma das suas lesões sendo causadas por um objeto de metal que atingiu seu crânio, causando ferimentos que Harriet levaria por toda sua vida.
Assim como outros escravizados, Harriet era submetida a trabalhos cansativos e de longa duração, mais precisamente a trabalhos domésticos na casa de seus senhores. Além de seus pais, Harriet também tinha irmãos, sendo todos escravizados. E, como ela trabalhava demais, quase não tinha tempo para sua família.
Fuga da escravidão e missões para resgatar escravos
Em 1849, Harriet ficou doente mais uma vez, dessa vez muito gravemente, com seu mestre tentando achar um comprador para ela sem sucesso. Algum tempo depois, ele acabou morrendo e Harriet aproveitou sua chance para fugir, indo até a Filadélfia onde passou um tempo refugiada.
Eventualmente, Harriet voltou para a Marilândia para libertar o resto da sua família, e, a partir de 1850, passou a ajudar a pessoas escravizadas a fugirem dos EUA até as colônias britânicas na América do Norte, onde a escravidão já estava proibida.
Harriet conduziu 19 operações para libertar pessoas escravizadas, conseguindo libertar mais de 300 pessoas sem nunca ter perdido uma só pessoa durante suas missões. Ao longo dos anos, Harriet juntou diversas pessoas para colaborar nas suas fugas de escravos dos EUA.
Atividades na Guerra Civil Americana
Quando a Guerra Civil Americana começou em 1861, Harriet se apresentou e foi aceita para servir no exército da União, começando a trabalhar como cozinheira, enfermeira, batedora armada e eventualmente espiã.
Harriet passou boa parte do seu tempo na guerra, tratando soldados doentes e feridos e ajudando escravizados fugitivos que haviam conseguido escapar do sul.
Além de tudo isso, ela também foi a primeira mulher a liderar um ataque durante o conflito, libertando mais de 700 escravos em um ataque no rio Combahee.
Seus últimos anos e falecimento
Depois da guerra, Harriet saiu do exército e passou a morar na casa adquirida por sua família em 1859, localizada na cidade de Auburn, onde ela passou a cuidar de seus pais já idosos até a morte deles.
Ela passou seus últimos anos trabalhando como uma ativista política, defendendo e lutando pelo direito de votos das mulheres no país, mais conhecido como sufrágio feminino.
Conforme foi envelhecendo, sua saúde foi piorando cada vez mais, até que ela veio a falecer em 1913 de pneumonia, tendo sido enterrada no cemitério Fort Hill, em Auburn.
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