Desde que a série licenciada “Guerreiras” estreou no catálogo da Netflix, o drama francês tem estado entre os assuntos mais comentados do público que assina a plataforma de streaming.
Dos mesmos criadores do sucesso “Chamas do Destino“, a minissérie narra a história de quatro diferentes mulheres que mostram sua garra e determinação durante um tempo sombrio.
O que nem todos sabem, contudo, é que essas personagens foram inspiradas em mulheres guerreiras da vida real. Nesse sentido, o Sobre Sagas selecionou algumas informações que merecem sua atenção sobre essas referências. Confira:
Nicole Mangin
A primeira dessas pessoas é a médica Nicole Giard-Mangin, que foi convocada para a Grande Guerra após prestar serviços em um hospital de Paris. Acontece que, a princípio, um erro de registro fez com que seu sexo não fosse identificado nos registros da guerra. Por esse motivo, ela foi direcionada para a região de Verdun, local que era alvo de ataques de bombas.
Além de trabalhar na parte médica de recuperação dos feridos, ela atravessava corajosamente o campo de batalha na tentativa de prestar os primeiros socorros a soldados feridos. Após a guerra, ela foi condecorada como uma heroína da França, e participou da direção de diversas medidas sanitárias do país. Feminista convicta, ela ainda lutou pela criação da Liga Nacional Contra o Câncer, em 1918.
Marthe Richard
Outra mulher que também serviu de inspiração para “Guerreiras” foi Martche Richard. Após uma infância difícil, ela saiu de casa aos 16 anos. Posteriormente, ficou conhecida pelo caminho da prostituição, quando trabalhou em alguns bordéis da cidade. Após ser denunciada, ela foge e casa com um senhor rico que a dá de presente um avião.
Após perder o marido, Marthe Richard consegue uma licença de piloto e passa a trabalhar como uma espiã para o exército da França. Posteriormente, em 1926, ela voltou a casar com o inglês Thomas Crompton, mas o perdeu dois anos depois. Após isso, ela lançou um livro e ainda atuou na Segunda Guerra Mundial. Após se enveredar pela política, ela lutou por uma lei que determinava o fechamento de Bordéis na França.
Sarah Bernahrdt
Ainda entre as mulheres que inspiraram “Guerreiras“, outro grande nome é Sarah Bernahrdt, uma atriz de sucesso. Atuando nos teatros do exército, ela manteve o patriotismo dos soldados aceso durante todo o período da Grande Guerra. Em 1916, ela chegou a fazer uma turnê pelas cidades da França, com o intuito de animar um pouco as tropas.
No leste da França, onde os terrores da guerra foram maiores, ela visitava soldados feridos e apresentava-se diariamente para os militares. Em suas viagens, ela tornou-se conhecida pelas fotos onde era cercada de soldados entusiasmados. Após ter sua perna amputada por uma tuberculose aos 70 anos, ela faleceu durante as gravações de um programa em 1923.
Irmã Julie
Por fim, a última grande mulher que serviu de inspiração para “Guerreiras” foi a Irmã Julie, que nasceu com o nome de Amélie Rigard. Ela era a responsável pelo Hospício de Gerbeviller quando a vila foi afetada por um ataque sangrento dos alemães. Posteriormente, ela abrigou no hospital mais de 1.000 moradores da vila, e alimentou os soldados que precisava.
Sua história, contudo, foi marcada por um gesto de heroísmo: após o hospício ser invadido por um soldado alemão, ela consegue intervir e garantir a segurança de todos que lá estavam. Por esse ato, ela recebeu a Legião de Honra do Presidente Francês em 1914.
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