Garotos de Bem, novo filme italiano da Netflix, tem feito sucesso na plataforma contando a história de um crime chocante e tão aterrorizante que só pode ser obra de ficção.
Mas e se você ficasse sabendo que Garotos de Bem é baseado em uma história real? Aqui no Sobre Sagas você poderá conferir todos os detalhes do caso perturbador que ocorreu na Itália anos atrás.
Garotos de Bem: Conheça o verdadeiro caso
Em 1975, três rapazes, Andrea, Angelo e Gianni, que estudavam em uma escola católica, sequestraram duas garotas, Rosaria Lopez, uma garçonete de 19 anos, e Donatella Colasanti, uma estudante de 17 anos.
Os três rapazes foram enviados para a escola pelos pais para evitarem as más influências das ruas de Roma. A princípio, a ideia não parecia tão ruim, mas, ao chegarem na escola, os três, assim como diversos outros estudantes, foram submetidos a violência psicológica e física.
Além de terem famílias disfuncionais cheias de problemas, os três rapazes tiveram que suportar calados o inferno que passavam na escola, que levou ao desenvolvimento de distúrbios mentais e comportamentais graves, levando ao crime.
Um dia, Angelo e Gianni decidiram levar Rosaria e Donatella para sair, dizendo que iam a uma festa. Sem desconfiar de nada, as duas aceitaram, mas acabaram sendo sequestradas e mantidas em cativeiro em uma casa abandonada por um dia inteiro, sofrendo abusos físicos, sexuais e psicológicos enquanto estavam trancadas em um pequeno banheiro.
Andrea se juntou a Angelo e Gianni no dia 30 de setembro, e, horas depois, Rosaria havia se afogado na banheira, com Donatella fingindo estar morta. Os três trancaram as duas em um porta-malas de um carro para se livrarem delas mais tarde. Porém alguém ouviu os gritos de socorro de Donatella e acabou salvando-a.
O que ocorreu depois do caso?
Naquela época, não havia nenhuma penalidade para crimes de estupro na Itália, e levou 20 anos até que o governo italiano tomasse uma medida contra esse tipo de crime.
Andrea, Gianni e Angelo foram todos presos após a mudança nas leis, com todos receberam prisão perpétua. Andrea tentou fugir da prisão em 1994, mas acabou morrendo no processo. Angelo foi liberado em 2005 por bom comportamento na prisão, mas cometeu 2 assassinatos logo em seguida.
Gianni foi liberado em 2009 ao ter sua sentença reduzida e atualmente vive na Itália livremente. Donatella faleceu em 2005 aos 47 anos por câncer de mama. Até hoje, os motivos por trás das ações dos três são desconhecidos.
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