Novo documentário da Netflix conta a história de relação de Einstein e a Bomba Atômica

A fascinante e turva linha entre um gênio científico e o potencial destrutivo de seu trabalho está em plena exibição na Netflix. O documentário Einstein e a Bomba, mergulha nas profundezas da contribuição indireta de Albert Einstein para a criação da arma mais devastadora da história – a bomba atômica.

Misturando material histórico e cenas dramatizadas, este docudrama faz um bom trabalho ao trazer ao público de forma muito acessível os dilemas mais significativos do século XX em relação à bomba que dizimou duas cidades inteiras do Japão.

Docudrama da Netflix e a relação de Einstein com a Bomba Nuclear

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Einstein é conhecido por muitos como símbolo de inteligência e por sua famosa equação E=mc². O que talvez algumas pessoas não saibam é que, mesmo que indiretamente, o cientista que prezava pela paz acabou sendo associado à criação do maior armamento de destruição em massa do mundo.

Einstein e a Bomba aborda com detalhes e utiliza palavras pronunciadas pelo próprio Einstein em discursos, correspondências e entrevistas para tecer o retrato de um homem que viu sua obra ser usada para causar um verdadeiro genocídio de civis.

Na produção, encontramos Einstein em um período crítico de sua vida, exilado em uma cabana em Norfolk, na Inglaterra, enfrentando o avanço do nazismo e matutando sobre sua postura pacifista. A descoberta da fissão nuclear em 1938 acendeu um alerta sobre o perigo do conhecimento científico usado para fins militares. É neste panorama que o cientista é influenciado por Leo Szilard e outros colegas a redigir uma carta para alertar os Estados Unidos sobre o avanço nuclear alemão.

Infelizmente, no entanto, o que deveria servir como um pedido de socorro para que tais avanços fossem coibidos de alguma forma, acabou se transformando na fagulha usada pelo Presidente Roosevelt dos EUA, para iniciar seu próprio projeto de desenvolvimento nuclear: o projeto Manhattan, que acabou dando origem às bombas nucleares que liquidaram Hiroshima e Nagasaki.

A ameaça do nazismo, as discussões éticas sobre o uso da tecnologia nuclear e a urgência de agir em tempos de guerra vêm a tona de forma emocionante no documentário.

Cientista teve remorso até o fim da vida

Einstein e a Bomba não deixa de capturar a angústia que tomou conta de Einstein quando as bombas foram lançadas em 1945. O homem que uma vez acreditou no potencial humanitário da ciência é confrontado com a realidade de que sua assinatura desencadeou uma série de eventos que culminaram em uma tragédia de proporções inimagináveis.

O remorso de Einstein é um dos pontos abordados no documentário. Suas expressões públicas de pesar, suas reflexões sobre seu papel involuntário na era nuclear e o ativismo fervoroso que assimilou pelo resto da vida na busca pela paz e pelo uso ético da ciência são aspectos fortemente evidenciados pela narrativa.

Longe de glorificar Einstein ou justificar suas ações, o filme convida a uma reflexão crítica sobre o preço do progresso e as responsabilidades que acompanham a genialidade.

O documentário Einstein e a Bomba já está disponível na Netflix.

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Aline ResendeFormada em Marketing e pós graduanda do curso de Língua Portuguesa e Literatura. Trabalha na área de comunicação como Criadora de Conteúdo além de fazer trabalhos de atuação e locução para materiais em vídeo. Pseudo-cinéfila e apaixonada por todo universo Geek.
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