Donzela, a mais recente aventura de fantasia da Netflix, apresenta Millie Bobby Brown em uma faceta inédita. O clímax do filme solidifica sua personagem como uma verdadeira heroína, que se ergue para reivindicar sua força.
A trama se inicia com Elodie aceitando, de forma hesitante, um casamento arranjado com um príncipe de terras distantes, um gesto de sacrifício para proteger seu povo. O que ela desconhece é o sinistro destino que o príncipe Henry e sua mãe, a rainha, lhe reservaram.
Enquanto seu povo está endividado com um dragão, cuja prole foi exterminada, a nova ‘família’ de Elodie atrai jovens inocentes para serem ofertados ao dragão como parte de um ritual nupcial. Elodie, a mais nova vítima na linhagem de mulheres sacrificadas ao dragão, descobre que a criatura é tão enganada quanto ela.
Diferente de suas predecessoras, Elodie não só escapa das garras do dragão, mas também enfrenta a rainha Isabelle, que planeja sacrificar Floria, a irmã caçula de Elodie, à fera. Em um ato de coragem, Elodie retorna à caverna do dragão e, ao invés de confrontá-lo, ela busca a reconciliação e revela a verdade, culminando em um desfecho feliz para ambos.
O destino da princesa Elodie
Contra todas as adversidades, a princesa Elodie não apenas sobrevive ao seu calvário em, mas emerge mais forte e astuta. Ela convence o dragão de sua amizade, recusando-se a matá-lo e, juntos, planejam uma vingança contra a rainha Isabelle e o príncipe Henry.
A volta triunfal de Elodie interrompe o casamento do príncipe com outra vítima inocente, a quem ela aconselha a fugir com seu povo. Diante da arrogância da realeza, que desdenha do perigo, Elodie adverte que não é ela quem eles devem temer.
Ela revela sua aliança com o dragão, agora um aliado, não um adversário. A revelação choca a rainha Isabelle e o príncipe Henry, que encontram seu fim sob a fúria do dragão, que finalmente reivindica o que lhe foi injustamente negado.
A empatia incomum
A aliança inesperada entre a princesa Elodie e o dragão é um dos pontos mais marcantes da trama. A decisão do dragão de ajudar Elodie, em vez de devorá-la, é um reflexo de suas experiências compartilhadas como vítimas das maquinações da realeza.
O dragão, enganado durante anos, acreditava estar recebendo um tributo justo pelo massacre de seus filhos, mas Elodie revela a verdade por trás das ações da rainha Isabelle.
Ao perceber que estava sendo usada para executar jovens inocentes, a criatura mítica escolhe se aliar à princesa. A misericórdia de Elodie e as perdas que ambos sofreram nas mãos do Rei Roderick e da Rainha Isabelle criam um vínculo profundo entre eles, transformando o dragão de um suposto vilão para uma vítima, assim como Elodie.
O futuro da Princesa Elodie e seu reino
Após a reviravolta dramática e a subsequente destruição, Elodie, Floria e Lady Bayford são vistas planejando o futuro de seu povo.
A morte do pai de Elodie e a sobrevivência de Lady Bayford após um confronto violento com os homens da rainha Isabelle são eventos que preparam o terreno para uma nova era.
Donzela destaca uma mensagem poderosa de autonomia feminina, sugerindo que as mulheres não precisam de figuras masculinas para definir seus caminhos.
Elodie, agora munida de recursos suficientes para sustentar seu povo, não precisa mais se submeter a um casamento arranjado por conveniência.
O filme termina com um tom otimista para o trio feminino, embora deixe algumas questões em aberto, provocando a curiosidade do espectador sobre o que o futuro reserva para elas.
O enigma do Dragão
O destino do dragão permanece uma incógnita no final de Donzela. A criatura, que alega ser a última de sua espécie, pode estar em busca de outros como ela.
A proximidade do dragão com Elodie e seu povo sugere uma possível aliança ou até mesmo um novo lar no reino da princesa.
A conclusão do filme deixa um espaço para interpretação, permitindo que os espectadores imaginem as futuras aventuras de Elodie e seu dragão aliado.
