No universo cinematográfico que funde dramas humanos e conflitos socioeconômicos, a nova aposta da Netflix, David Contra os Bancos, conta uma impressionante história real.
Ao mergulhar na jornada verídica de um empresário britânico que desafiou o status quo financeiro de Londres para prestar auxílio à sua cidade, o longa-metragem constrói uma narrativa de David contra Golias nos labirintos corporativos dos bancos.
Embora tenha abusado um pouco da licença poética por motivos de dramatização da história na tela, o filme desenrola uma história de resistência audaciosa e empreendedorismo comunitário em meio à turbulência econômica, e na vida real David Contra os Bancos é realmente tão emocionante quanto na Netflix.
A história real por trás de “David Contra os Bancos”
David Contras os Bancos é baseado na emocionantes e surpreendente história real de Dave Fishwick, que em 2008 decidiu desafiar as instituições financeiras de Londres, e a própria crise econômica que se abateu sobre o mundo na época.
Na época, Dave estava indignado com o tratamento que os bancos davam aos moradores de sua comunidade que precisavam de empréstimos. Por vezes, ou as pessoas não conseguiam o dinheiro, ou emprestavam valores muito abaixo dos necessários para cumprirem suas demandas.
Assim, ele decidiu criar um esquema de empréstimos onde não haveriam dividendos para sócios, e ao invés disso, todo o lucro dos investimentos que obtivesse seriam doados para a caridade.
Assim, após divulgar sua ideia em sua comunidade e investido sua própria fortuna, com a ajuda de pessoas e pequenos negócios locais, Dave abriu a primeira unidade de seu banco em um prédio onde antes era uma floricultura.
Assim, mesmo sem licença que legitimasse os investimentos e empréstimos de seu “banco”, Dave passou a emprestar seu próprio dinheiro para membros de sua comunidade e pequenos negócios. Em pouco tempo sua iniciativa mudou para sempre a vida das pessoas que viviam em sua cidade.
Concorrentes desleais são foram reais
Ao contrário do filme, onde David precisa enfrentar o boicote dos donos de grandes bancos insatisfeitos com seu negócio, na vida real não houve nada de tão dramático.
Conforme revelou em entrevistas, Dave chegou a receber conselhos de gerentes financeiros sobre o perigo que poderia estar correndo ao usar o nome banco, e realizar seus empréstimos, porém, não houveram atitudes mais drásticas por parte de seus concorrentes.
O negócio de Dave ainda não é realmente um “banco”
Mesmo com mais de 10 anos de operação e sucesso absoluto de seu negócio financeiro, a BSAL não conseguiu ser aprovado na inscrição federal para se tornar um banco propriamente dito.
Até agora seus investidores possuem um valor limitado que podem depositar e ele não pode usar a palavra “banco” para descrever a instituição.
Apesar disso, o BSAL é um caso de sucesso, tendo criado uma revolução na comunidade local tanto por seus empréstimos, quanto pelo bem que faz com todo os seus lucros sendo doados para melhorias na comunidade.
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