Após ter sido aclamado pelo público do Festival de Cannes deste ano, o filme “O Desconhecido” finalmente estreou no catálogo da Netflix, e tem chamado a atenção de milhares de assinantes da plataforma de streaming.
A trama acompanha um policial disfarçado que embarca em uma viagem ao lado de um novo amigo: um investigado por assassinato. A partir disso, o filme mostra o protagonista utilizando suas habilidades para descobrir o que realmente ocorreu.
Como todo bom suspense policial, o roteirista de “O Desconhecido” se baseou em alguns acontecimentos da vida real para compor o enredo do longa – cujas reviravoltas deixam o público intrigado. Confira, a seguir, o que se sabe sobre a história real por trás de “O Desconhecido“:
Conheça a história real que inspirou “O Desconhecido”:
Desde que começou a ser divulgado, o filme “O Estranho” se apresenta como a adaptação de um crime real que foi considerado um dos mais chocantes da Austrália: o desaparecimento de Daniel Morcombe, um garoto de apenas 13 anos, em 2003. A criança desapareceu quando saiu de casa para cortar o cabelo em um shopping, e a investigação sobre o que realmente ocorreu levou anos.
Poucos dias após o desaparecimento, os pais do garoto oferecem uma recompensa pela vida do garoto, mas não obtiveram respostas. Uma das principais suspeitas da polícia era um pedófilo já conhecido na região, Douglas Jackway. O homem foi liberado da prisão poucos dias antes do seu desaparecimento, mas a investigação não achou nenhuma prova material para incriminá-lo.
Desolados com a perda, os pais do garoto passaram anos sem esperanças de reavê-lo e, apenas em 2009, eles solicitaram novas investigações por parte da justiça. Foi nessa época que a polícia australiana começou uma operação semelhante à que foi mostrada no filme, onde um agente disfarçado tenta obter relatos que possam incriminar alguns suspeitos.
Foi nesse contexto que a polícia prendeu, em 2011, um homem chamado Brett Peter Cowan, que alegou ter oferecido uma carona para o jovem Morcombe em 2003. Poucos dias depois da prisão, a ossada e alguns objetos identificados como o do garoto foram encontrados enterrados em uma região rural próxima ao local do desaparecimento.
Foi apenas em 2014 que Cowan foi convidado a depor sobre o caso em um julgamento definitivo. As provas comprovaram que ele foi culpado pelo assassinato de uma criança menor de 16 anos. Mais de 116 testemunhas foram ouvidas, e todas colaboraram para a ideia de que Cowan foi o culpado pelo crime. Pouco tempo depois, foi revelado que ele já respondia por dois casos de ofensas sexuais direcionadas a outras crianças.
Naquela época, Cowan foi condenado à prisão perpétua pela Corte da Austrália, com a condição de que poderia solicitar um regime semi-aberto a partir dos 20 anos de encarceramento. Desde então, o criminoso tem cumprido sua pena em uma penitenciária australiana.
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