O filme Assassino da Lua das Flores, é uma das grandes apostas para as maiores premiações do cinema no ano que vem, e, impressionantemente, ele é baseado em uma história real.
Dirigido por Martin Scorsese, e com um elenco protagonizado por Leonardo Di Caprio e Robert De Niro, o longa apresenta o caso chocante de um empresário branco que planejou e executou assassinatos brutais na tribo Osage, durante a década de 1920, em Oklahoma.
Essa história verídica é retratada no livro de David Grann e com o lançamento recente do filme, levantou uma série de questionamentos sobre os acontecimentos e seu contexto histórico.
Tudo sobre a história real por trás de “Assassino da Lua das Flores”
O livro de David Grann, narra a história real por trás do filme Assassino da Lua das Flores, revelando detalhes impressionantes sobre o chamado Reino do Terror que assolou a tribo Osage nos anos 1920. Nesse período, a descoberta de reservas de petróleo nas terras indígenas colocou a tribo em uma posição privilegiada economicamente, tornando seus membros extremamente ricos.
No entanto, mesmo com toda essa riqueza, os Osage não tinham liberdade para gastar seu próprio dinheiro devido ao controle exercido pelo governo. Essa situação era consequência de um sistema de direitos de reserva de petróleo, no qual os Osage possuíam a riqueza, mas não podiam usufruir plenamente dela.
A partir desse contexto histórico, o livro de Grann e o filme de Scorsese, narram como um empresário branco, chamado Ernest Burkhart, formou uma aliança com sua esposa Osage, Mollie Kyle, para manipular e assassinar membros da tribo Osage. O principal objetivo do casal era lucrar com os direitos de petróleo e seguros de vida dos Osage, mediante a morte deles.
Ernest e Mollie se conheceram no condado de Osage, onde Ernest trabalhava como motorista de táxi. Após seu casamento em 1917, eles se envolveram em uma conspiração macabra para eliminar a família de Mollie e outros membros da tribo.
O Reino do Terror teve início em 1921, quando a irmã de Mollie e um amigo foram encontrados mortos. Ao longo de quatro anos, ocorreram pelo menos 24 assassinatos de membros da tribo Osage e seus aliados, em circunstâncias violentas ou suspeitas.
Tom White, um agente governamental encarregado do caso, liderou a investigação que desvendou a conspiração de Ernest, seu tio e outros cúmplices. O recém-criado Bureau of Investigation, que mais tarde se tornou o FBI, teve um papel importante na solução desse caso chocante.
Os responsáveis pelos assassinatos foram condenados à prisão perpétua, mas foram eventualmente libertados. Ernest e Mollie se separaram, e Mollie faleceu aos 50 anos, marcada pelo trágico passado.
O livro de Grann, que serviu como base para o filme, evidencia que os assassinatos contra os Osage eram parte de uma conspiração mais ampla, revelando a existência de uma violência sistêmica que se estendia além dos crimes investigados. Infelizmente, outros assassinatos não receberam a devida investigação.
Sobre o filme
O filme Assassino da Lua das Flores traz para as telonas a impactante história real de como um empresário branco planejou os assassinatos na tribo Osage. A trama se concentra na relação entre Mollie Kyle (Lily Gladstone) e Ernest Burkhart (DiCaprio), explorando como eles se conheceram, casaram e conspiraram para tirar a vida de membros da tribo.
O relacionamento entre Ernest e Mollie, mesmo marcado pela conspiração, é retratado como um vínculo amoroso, embora essa ideia seja alvo de controvérsias entre os envolvidos no projeto.
O filme mergulha no clima de tensão e medo que prevaleceu durante o Reino do Terror, trazendo à tona os eventos violentos e seus desdobramentos.
Assassino da Lua das Flores é um filme que lança luz sobre uma história pouco conhecida, revelando a verdade por trás dos terríveis acontecimentos vividos pela tribo Osage em Oklahoma.
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