As 5 coisas mais difíceis de entender em O Problema dos 3 Corpos da Netflix

A série O Problema dos 3 Corpos, da Netflix, é baseada na trilogia de livros de Cixin Liu. A série explora temas científicos complexos e segue um grupo de cientistas chamado Oxford Five, que tenta salvar a humanidade de ameaças desconhecidas.

A série apresenta diversos conceitos científicos que podem ser complicados, e o Dr. Matt Kenzie, um físico da Universidade de Cambridge, contribui como consultor científico, ajudando a esclarecer os conceitos apresentados na série.

Veja a seguir alguns dos conceitos mais difíceis de se explicar em O Problema dos 3 Corpos.

Sea Shimooka como Sophon em O Problema dos 3 Corpos (Divulgação / Netflix)

Em que tanque é aquele em que Vera pula?

Em uma cena a Dra. Vera Ye se suicida pulando em um detector de partículas, também conhecido como tanque Cherenkov.

Este tanque é utilizado para detectar e estudar partículas subatômicas, como neutrinos, que são notáveis por serem difíceis de entender e por potencialmente fornecerem insights sobre fenômenos físicos ainda desconhecidos.

A interação dos neutrinos com a água no tanque gera um efeito visual detectável pelos tubos fotomultiplicadores que revestem o tanque. A tragédia ocorre porque o nível da água foi reduzido, tornando a queda fatal para Vera.

Como funciona a contagem regressiva nos olhos de Auggie?

Auggie vê uma contagem regressiva que só ela pode ver. Dr. Kenzie teoriza que isso poderia ser causado pela radiação Cherenkov dentro do olho. Esse tipo de radiação ocorre quando partículas viajam mais rápido do que a luz em um determinado meio, emitindo um tipo de luz visível.

A teoria sugere que a luz Cherenkov poderia ser gerada no fluido ocular para criar uma imagem visível, como a contagem regressiva que Auggie vê. É uma explicação ficcional que combina conceitos de física com elementos de nanotecnologia para criar um efeito dramático na narrativa.

Como funcionam o headsets VR?

A série apresenta um headset avançado, que proporciona uma experiência imersiva extremamente realista. Diferente dos headsets VR comuns, este permite que os usuários sintam sensações físicas como toque e cheiro, além de experimentarem sabores e até a sensação de morte.

O headset é parte de um jogo que transporta os jogadores para diferentes eras históricas, onde devem realizar missões de salvamento.

A narrativa revela que o jogo é uma ferramenta de uma espécie alienígena chamada San-Ti, que usa a tecnologia avançada do jogo para recrutar cientistas humanos para ajudar a salvar seu planeta, enfrentando um problema de três corpos, e potencialmente migrar para a Terra.

A tecnologia VR do San-Ti é descrita como muito superior à da Terra, proporcionando uma experiência sem precedentes aos jogadores.

O Sol pode ser usado como uma superantena?

Ainda segundo o site TUDUM, a série mostra a possibilidade de usar o Sol como uma “superantena” para enviar mensagens a entidades extraterrestres, refletindo ondas de rádio de outros planetas para a Terra.

Ye Wenjie, imagina a China como pioneira na comunicação interestelar. No entanto, Dr. Kenzie considera a ideia um tanto exagerada, explicando que o Sol, composto de plasma, possui diferentes camadas de estrutura.

Ele especula que, sob condições perfeitas, um sinal poderia ser refletido e amplificado entre essas camadas, semelhante ao funcionamento de um amplificador. Essa é uma teoria fictícia dentro do contexto da série, que explora conceitos científicos avançados e hipotéticos.

Afinal, o que o Problema dos 3 Corpos?

O “problema dos três corpos” refere-se a um desafio na mecânica celeste onde a previsão das órbitas de três corpos celestes interagindo gravitacionalmente torna-se complexa e imprevisível.

Enquanto a órbita de dois corpos pode ser calculada com precisão, a introdução de um terceiro corpo leva a um sistema caótico onde as órbitas não podem ser determinadas de forma simples.

Na série, isso é exemplificado pelo planeta San-Ti e seus três sóis, resultando em períodos de estabilidade e caos extremo, forçando os habitantes a fugir do planeta.

Matematicamente, o problema pode ser descrito por equações diferenciais não-lineares que não têm solução analítica conhecida.

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Sergio ScarpaFormado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.
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