Blonde, que chega à Netflix na próxima semana e tem Ana de Armas na pele de Marilyn Monroe, é um dos filmes mais aguardados do ano e já gerou vários comentários devido a sua classificação +18.
O longa já está disponível em alguns cinemas selecionados em vários países, e em entrevista recente, de Armas deu mais uma declaração que pode ser considerada polêmica sobre as cenas que renderam o selo de “proibido para menores” do filme.
Falando ao EW, a atriz revelou que ao contrário do que alguns podem pensar, as passagens explícitas do filme podem ser mais difíceis para os espectadores verem do que realmente foi para ela fazer.
É mais difícil para as pessoas assistir [essas cenas] do que para mim fazê-las, porque eu entendi o que estava fazendo e me senti muito protegida e segura. Não me senti explorada porque estava no controle. Tomei essa decisão. Eu sabia qual era o filme que estava fazendo. Confiei no meu diretor”, revelou a atriz à publicação.
A declaração de Ana de Armas é bastante surpreendente visto o peso que algumas de suas cenas terão em tela.
Os espectadores podem esperar que Blonde explore frequentemente a figura de Monroe em situações de abuso sexual, nudez, encontros íntimos consensuais, mas extremamente explícitos, e ainda mais.
Não são raros os casos em que atrizes se sentem desconfortáveis e até mesmo coagidas em sets de gravações para fazerem sequências desse tipo, mas como de Armas deixou claro, esse não parece ter sido seu caso.
Uma das explicações para a sensação de seguridade, segundo a atriz, é que durante toda a produção ela pode trabalhar ao lado de uma coordenadora de intimidade, profissional especialista em tornar cenas intimas o mais confortáveis possível para os atores.
Além disso, a atriz revelou que, por entender o projeto por inteiro e a história que todos estavam tentando contar, mesmo as cenas que o público pode considerar mais “difíceis” acabaram não tendo essa conotação mais que outras.
Eu nem diria que essas cenas eram mais difíceis do que qualquer outra. Era apenas uma parte de uma história inteira. Eu sabia exatamente qual era e sabia exatamente o que ia ser visto, o que não ia ser visto, e parecia que era a coisa certa a fazer”, concluiu a atriz.
Blonde é baseado no romance homônimo da escritora Joyce Carol Oates, que apesar de se basear na vida de Marilyn Monroe, trabalha muito com a ficção e por isso não pode ser considerada exatamente uma obra biográfica.
O filme estreia no próximo dia 28 na Netflix.
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