Não demorou nada para que mais um filme lançado na Netflix gerasse polêmica entre os assinantes da plataforma devido ao seu enredo, e o novo alvo de divisão de opiniões entre os espectadores é o longa A Ira de Deus que deu o que falar no último fim de semana.
Suspense argentino, o filme faz uma mistura de enredos que acabou não agradando muito algumas pessoas, ainda que a parcela daqueles que realmente gostaram do longa seja bastante considerável.
Semelhante a outras polêmicas envolvendo filmes como A Filha Perdida, O Pai que Move Montanhas e até o oscarizado Ataque dos Cães, o principal ponto de desentendimento entre quem gostou e não gostou do filme parece ser o seu roteiro.
Bem, se você não viu ainda, ou já viu e está no meio dessa divisão toda, confira a seguir alguns pontos que podem explicar a não unanimidade de A Ira de Deus.
Sobre A Ira de Deus
Nesse filme, Luciana é uma mulher que já alguns anos sofre com diversas perdas misteriosas de membros de sua família.
Certa de que seu antigo patrão, um misterioso e recluso escritor, está por trás das mortes, ela decide pedir a ajuda de uma jornalista ambicioso para provar suas suspeitas.
Suas investigações, no entanto, podem deixar claro que chegar a conclusão que ela deseja e proteger o único membro ainda vivo de sua família, podem ser uma grande desafio.
Motivos para A Ira de Deus não ser unanimidade na Netflix
Veja a seguir alguns motivos que acabaram fazendo com que algumas pessoas odiassem A Ira de Deus, e outra parcela do público gostasse muito do longa.
Linha temporal
Começando pela primeira coisa que vem sendo alvo das críticas de quem não gostou do filme: a linha temporal.
É fato que boa parte do público prefere produções que seguem uma linha temporal única, pois se entende que a história é mais fácil de entender dessa forma.,
Pois bem, em A Ira de Deus são justamente as idas e vindas no tempo que desenham toda a história e levam o público a conhecer as tragédias da vida de Luciana (Macarena Achaga), a protagonista, e o porquê de suas desconfianças em relação a seu ex-patrão (Diego Peretti).
Para quem gostou do filme, esse acabou sendo um ponto alto do enredo, já que as coisas não são entregues de uma única vez e as idas e vindas no tempo mantém o suspense por trás da história. Para a parcela que não gostou, isso só serviu para confundir toda a história.
O Enredo
O enredo do filme acabou sendo o principal ponto de ruptura entre o público que assistiu ao filme, isso porque, ao que parece, algumas pessoas esperavam acompanhar um história diferente, ou pelo menos, mais conclusiva.
Focada em uma série de mortes que atingiu a vida de Luciana no passado e a motivação e possível envolvimento de seu ex-patrão, um escritor misterioso, em cada uma delas, para muitas pessoas a morbidez da história e seu ritmo vagaroso, foi demais e acabou desagradando.
Para a outra parte do público, no entanto, a forma bem amarrada como todos os fatos vão se costurando ao longo do filme, foi motivos para elogios e muitos desses espectadores entenderam a necessidade de interpretar as ações dos personagens por si mesmos para chegar a uma conclusão.
Final deixado em aberto
Por fim, o final do filme foi mais um grande motivo para críticas negativas para quem não gostou do longa.
Pois bem, A Ira de Deus, como já sugerido, acaba não entregando todas as respostas que algumas pessoas poderiam esperar encontrar no final, e isso foi um banho de água fria para alguns espectadores.
O filme assume a abordagem de que cada pessoas deve tirar as próprias conclusões, ainda que várias pistas sejam deixadas ao final que podem corroborar com a ideia principal que motivou toda a trama.
Para além disso, a forma como alguns personagens terminam, também não agradou todo mundo, deixando bem claro que muitas pessoas ainda rechaçam a ideia de “o mal vencer no final” ou o que as pessoas consideram como “mal”.
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